Cap novo de Casado (♂x♂)
Depois de tanto tempo, eles vão se reunir
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Casado (♂x♂)? 63
Contendo outro suspiro, Thomas pressionou os olhos e respirou fundo. Quando ele conseguiu mandar a sono embora por mais alguns minutos, ele balançou a cabeça e se focou no código de novo.
— Ei, cara. Tudo bem? Parece que você vai cair no sono logo — disse o Mestre, preocupado.
— Olha quem fala. Você tá acordado por dois dias direto. Não acredito que consegue digitar qualquer coisa coerente.
— Estou acostumado a isso. Meu corpo já é 50% cafeína agora. Estou feliz de não ser um membro funcional a sociedade como você — brincou.
— É culpa do Lin. — Thomas acabou soltando uma risada seca. — Nunca quis ser um. Se dependesse de mim, estaria jogando videogames até desmaiar, acordaria tarde e sairia correndo pro trabalho mentindo pra mim mesmo dizendo que iria dormir cedo de noite. Pode ser a maior mentira que conto pra mim mesmo.
— Provavelmente boa parte do mundo faz isso — suspirou o Mestre. — É uma pena que não tenho um Lin que nem você. Você deu sorte.
— É, eu sei. Venci na loteria com ele — disse Thomas, sorrindo enquanto pensava em seu amado. Quero ver ele…
— Falando nele, o avião já não pousou?
— Ainda não. Houve um atraso. Mas deve pousar logo…
Ele olhou para uma das várias telas mostrando vários voos que estavam saindo ou pousando. No entanto, ele não conseguia discernir qual era o voo de Lin; estava tudo embaçado para Thomas.
Ele fechou os olhos e respirou fundo para recuperar o foco. Quando os abriu novamente, ele viu um voo marcado para aterrissar em menos de dez minutos.
— Vai pros portões, cara — disse o Mestre após Thomas falar. — Receba o cara do jeito que ele merece.
— Eu vou. Não é como se ele fosse saltar do avião no instante em que ele aterrissar — disse, voltando para o notebook. — Deixa eu terminar isso primeiro, odeio deixar coisas inacabadas.
— Ei, cara, valeu mesmo. Sei que já disse isso antes, mas você não tem ideia do quanto me ajudou. Agora eu realmente tenho algo que não tá todo bugado pra mostrar aos possíveis investidores.
— Eu já disse que não precisa agradecer. Você ajudou deixando o Lin ficar aí. Nos poupou uma grana daquelas.
— Mas não tem nem comparação.
— Então só faz o favor de colocar meu nome nos créditos. Logo debaixo do seu.
— Pode deixar que vou deixar bem visível. Se quiser, posso até fazer ele brilhar. — O Mestre brincou, e Thomas soltou uma risada exausta.
Mesmo que tenha dormido antes de vir ao aeroporto, só foram poucas horas. Ele estava excitado demais de estar trabalhando com o código e ver Lin após dois dias.
Embora tenha conferido a tela para se certificar de que o voo não pousou, Thomas trabalhou no código. Só mais um pouco…
Quando o avião pousou, ele tinha terminado de arrumar todos os erros que o programa de compilação indicou.
— Isso! Terminei! — disse, esquecendo-se que estava em um aeroporto lotado. No entanto, ele estava cansado demais para se importar. — Vou te mandar agora mesmo para testar. Me diz se tiver qualquer bug que vou arrumar onde puder.
— Valeu, cara. Mas você já fez mais que o bastante. Não posso pedir mais ainda… — O arrependimento na voz do Mestre era óbvio.
— Eu posso fazer isso após do trabalho. Algumas horas toda noite.
— E ignorar o Lin?
Thomas mordeu os lábios. O final de semana sem seu amado foi horrível. O que salvou foi trabalhar no jogo que ele já sonhou em criar quando era estudante de faculdade.
— Ele vai entender. É só até a sua reunião. Além do mais, não é como se eu pudesse largar você. Ele não ia querer isso também.
Houve um momento de silêncio.
— Valeu, cara. Vou testar assim que dormir um pouco — disse o Mestre antes de dar fim na conexão.
Com a ideia de abraçar seu namorado após tanto tempo e trabalhar no programa, Thomas se sentiu muito acordo por um instante. Ele guardou seu notebook e correu até o portão.
***
Embora Lin estivesse exausto, ele não conseguiu descansar no avião. Tinha um bebê que ficou chorando, e os pais decidiram ignorar ou deixar ele chorar até ficar cansado. De toda forma, era impossível dormir.
Ainda assim, quando o capitão disse que estariam chegando em poucos minutos, ele sorriu. Esse final de semana foi louco, mas também foi incrível. Só que a melhor parte é voltar para o Tom. Enquanto pensava no amigo de infância e homem que amava, com quem esperava passar o resto de sua vida, ele não tinha como não se sentir o cara mais sortudo do mundo.
Após o avião aterrissar, ele esperou sua vez de sair para alongar as pernas. Embora o seminário tenha sido ótimo, ele não curtiu passar tanto tempo sentado. Mas, quando chegarmos em casa, eu vou deitar com o Tom, pensou, rindo e fazendo algumas pessoas olharem pra ele.
No entanto, sua animação em voltar sumiu enquanto ele esperava por sua mala. Quando ela finalmente apareceu, ele a pegou e foi para os portões, procurando por Thomas.
— Lin! — gritou alguém.
Enquanto ele se virava e via seu namorado, um sorriso se fez em seu rosto. Ele correu e só parou quando estava nos braços de Thomas.
— Senti sua falta — disse, abraçando Lin apertado.
— Eu também.
Após se abraçarem por um tempo, eles finalmente quebraram o abraço e foram para o carro.
— Como foi o último dia?
— Foi ótimo. Mas teve algo engraçado, sabe.
— O quê?
— Lembra das pessoas daqui que conheci? O cara ficou todo nervoso quando falou comigo hoje — disse Lin, rindo enquanto se lembrava.
— Quê? Por quê?
— Pelo visto, ele não sabia que eu era homem. Quando descobriu, não soube como agir.
— Posso imaginar bem isso. — Thomas soltou uma risada curta.
— Já deu sobre o meu final de semana. Como vai o jogo?
— Eu arrumei a última parte e mandei pro Mestre antes de você aterrissar. Ele vai testar depois.
— Parece que você se divertiu trabalhando nisso. — Lin sorriu.
— É. Eu sentia falta de trabalhar em coisas assim. Arrumar problemas para clientes idiotas é um saco… — Thomas suspirou e balançou a cabeça, tanto para deixar a sonolência para lá quanto para mudar de assunto. — Prometi ao Mestre que ajudaria ele até a reunião com os investidores…
— Isso é ótimo, amor.
— V-Você entende que isso significa que não terei muito tempo para… você sabe, pra gente…
Lin mostrou um sorriso gentil e se inclinou para beijá-lo quando o sinal ficou vermelho.
— Se você fica tão feliz em trabalhar nesse jogo, eu posso aguentar algumas semanas sem sexo — disse. — Na verdade, que tal compensarmos esse final de semana quando chegarmos em casa?
Com essa sugestão, Thomas corou e sorriu.
No entanto, quando chegaram em casa, em vez de transarem, eles dormiram juntos, abraçando um ao outro assim que chegaram na cama, ambos sorrindo.
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Obrigado por lerem
Espero que tenham gostado.
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